sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Crenças e credos, há o trabalho e o ópio
Sou louca e vou pular, essas cores
aí se balançando pra mim.
Sua nuca é o mundo, eu mato todos
Atroz atriz que jaz em mim atraente como um blues às 03;00h
sou quaquer líquido que se dissolve no seu colo calor
Porque é a palavra o carinho pro teu orgasmo infinio
É da linguagem o encaixe perfeito de todas as soluções.
Ontem eu comi meu último prato de egoísmo.
Quero beber seu amor como um porre de uísque, forte
Voce já conhece onde me ganha,
Do jeito proibido eu te levo pra casa,
onde meus esmaltes contrastam com sua pintura.
Precisei, ampliei o sentimento porque sua eternidade dura um prazer
E minhas intenções oscilam como minha boca em seu corpo
Entre tudos e afins acendemos um desejo mútuo e matamos outras em nós e que morram enquanto vivos forem os DESEJOS.
E porque há poesia ajo em mim letras excitantes e brilhantes de vermelhos e rosas
Eu caiu na calçada breve e brava de sua irritação brochante
Mas enquanto houver desejo haverá esmaltes ...minhas palavras continuam amanhã e meus prazeres também

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Em um estado triste, puramente hormonal, será saudável essa angústia mensal, datada e esperada como compromisso? Vem assim sem porquê e pra quê , uma agonia, vontade de tudo e nada ao mesmo tempo. Hoje só dramas franceses, nada de felicidade americana, quero antes os simbolistas aos modernos, a natureza morta ao surrealismo, quero pregos, agulhas, fogo, fogueira à fogão.

Chocolates amargos. No bar, à noite, somos nós duas.Você na sua frieza preferida, amarga e vermelha, é minha:CAMPARI.

Você na minha boca, cazuza no meu ouvido e o mundo parece perfeito pra mim, meu esmalte preto, tão contrário do rosa chiclete da semana passada, me faz coerente.

E daí? Passa enfim,se durasse eu não durava.Quando passei nem sei mais ou triste, no entanto há tanto pra se dizer, eu não quis sua rotina nem seu cansaço. Minto quando falo de amor , me desculpa , mas amor é clichê demais pra um ser livre porque quem casa quer casa,e eu, como você sabe, um mês aqui outro lá, quem tem casa quer filho e eu não sei ser mãe, eu só sei parir frases feitas pra te conquistar.

Eu só quero seu corpo morno pra dormir comigo, não há promessas de chinelos, cachorro e casa. Café só na padaria pós balada. Eu amo seu jeito lindo de carregar suas pastas de conteúdos densos e clássicos, embora você sem roupa e teorias literárias seja bem mais interessante e persuasivo. Perdoa esse jeitinho safado de te vê, porque eu sei do seu esforço pra parecer sério.

Eu to triste e não há o que possa ser feito. Não se desespere, suas intenções passam e logo outra te leva e dá as promessas que eu não sabia.

Há amor no mundo, nos trens, metrôs e terminais. Pessoas mandando mensagens Pessoanas ou mesmo trechos de música do Victor e Léo, teclando ali no celular enquanto o ônibus não chega e o trem não passa, gente com esfihas e refrigerantes, chocolates e pão de mel, e quem nunca comprou cartões com frases fofas dizendo de um amor eterno? ( impossível, a eternidade é uma brincadeira dos filósofos), no entanto é essa tentativa que é linda, sei lá como dizer, mas todo mundo sabe o que é se pintar pra alguém, o perfume no corpo inteiro que será cheirado, o biscoito preferido, o “mentos de melancia” o chocolate ao leite com café sem açúcar ,é isso que é mais bonito que as obras clásssicas do cinema, o designer do Niemeyer e as telas de Renoir. Porque não há programa melhor do que se isolar do mundo com seu amor chocolates e uísque ou cachaça mesmo, livres do olhar e das roupas do mundo êh felicidade desmedida e fácil extraordinariamente fácil.

Eu não posso mentir minhas crises pra fazer ninguém feliz e seguro. Os psicólogos de botequim que bebam e vomitem suas próprias idéias e projetos, eu prefiro seguir perdida e vulnerável.

Eu já tive amor e sei que ele é um “pacote completo”...mas “o ar me abriu de novo (mas com dor) uma liberdade no peito”.É isso mesmo não tem jeito sempre caiu no colo do Pessoa e adoooro.

Entre tantos, tantas e tantãs eu vou de Frida e friso o vermelho passional como quem sabe matar um amor e ver sangrar até a última gota como gesto necessário de catarse emocional inevitável e densa.

É... eu sei, minha melancolia tá “punk”. Não é fácil ter hormônios contribuindo pra minha pré-disposição melancólica . Enfim essa eternidade melancólica há de passar, já me sinto bem, to quase feliz. Viva a vodka que é rápida e precisa. Não experimentem com moderação.

Ana é segura, decidida e forte. Toma as decisões mais difíceis com uma tranqüilidade invejável.

Ontem Ana foi mais mulher do que de costume, não teve certezas claras, Ontem a moça forte e segura abriu uma janela e viu o Ricardo com o olhar apaixonado e apaixonante de quase sempre. A diferença estava na direção, a imagem muda e imóvel era da felicidade longe dela. Há alguns anos, com a segurança de sempre e sem maturidade nenhuma achou que podia e infeliz e estupidamente pôde. Quebrou a magia dos amassos embaixo da janela, e da luz, aquela luz dos olhos mel cheio de sol do sertão. Ana viveu coisas lindas ; Viagens lúdicas: Amor, tesão, tensão e tudo mais que quis provar e provou, Mas a luz ficou na memória de um dia de sol em que a luz a queimou tanto que cegou a moça de medo, era muito, era tanto que ela quase morre sem saber como dizê-lo.

Ninguém disse que ser feliz era tão fácil e ela não acreditou pensou se tratar de adolescência porque era muito perfeito. Ricardo não precisava de membros nem proximidade pra colocar a moça em estado de nirvana permanente, era seu vício preferido.

Todo mundo queria o tal rapaz , Ana também. Mas Ana o tinha e isso fazia dela uma displicente. LINDO. Os domingos eram: jogo do Bahia, pipocas e beijos longos que a deixavam tonta, sonâmbula em transe, a felicidade não cabia na sala e descia a rua procurando campari com sukita e gelo. Tudo era tão bonito quanto desesperador porque essa beleza quis altar e Ana sempre achou que o altar era só das Santas ela nunca quis se tornar uma delas, com promessas e babados a lhes cobrir .

Ana sempre quis ser nua. Não virar santa lhe custou uma saudade eterna e clara como o sertão.

Ricardo era um Deus, Dionísio lindo e louco.

Ricardo hoje troca fraldas e continua com olhar de luz mais bonito do mundo, filho e esposa lhe fizeram mais concreto e seu olhar de luz os abençoa é deles agora. E Ana sente uma alegria melancólica em ver a luz forte do cara mais bonito que já conheceu ,assim acendendo em outra direção. “Deve ser egoísmo” pensa diante da coisa mais bonita que viu esse ano. Ele segura o filho com força e olha a mulher com carinho, a sortuda parece saber do que tem, diferente de Ana que mesmo hoje ainda não saberia, Ana quer estar pra sempre nua...

Por isso Ana parece com mais frio agora. Em casa em silêncio raro e leve acendeu uma vela aos santos que ela desacredita e ficou mais calma. A vela consumiu alguns minutos antes de consumir-se e o retrato de Ricardo durou alguns dias alfinetando a moça.

Quis saber mais do rapaz. Não soube, foi prudente , foi comum e entregou o retrato ao esquecimento, felicidade era não saber, alegria era colecionar afetos furtivos de noite e meia de duração .

Perdeu a luz do sertão e não teve prêmio. Ontem Ana foi pro “putz putz” e encontrou os olhos verdes mais lindos do mundo, que saiba Ana e saibamos nós.

Todas as noites são lindas e em todas as noites Ana está nua, sem pudor e com saudades eternas da semana passada.Culpa a intenção de eternidade dos gestos que lhe faz parecer passional. Absurdos são Ana.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Parece que tem alguém morrendo dentro de mim, juro, sério. E ecoa nos meus ouvidos gritos de estourar típanos de uma uma histeria contínua . Será que há mais gente em mim pra segurar meu corpo? talvez esse seja o outro que agora escreve e anuncia a U.T.I. do meu outro eu. Ele foi oprimido por uma solidão do tamanho de São Paulo.
Hoje agoniza, já tentei hemodiálise mas falta sangue, falta sangue, falta sangue, falta sangue. O mundo sumiu e ele ficou só, não ficou... Ninguém lhe nega portanto não se afirma, não é firme, cambaleou e caiu no córrego sujo do subúrbio esquecido que são suas ideias .
Havia faca, uma manga cortada e uma camiseta suja de sangue. Débora quis morrer quando quebrou a unha tão rente à carne que até sangrou e ainda sujou sua camiseta nova.
Débora segurava o seu amor na mão, tão frágil ele era. Mas caiu do alto , das tais "arvores altas" e se transformou em trinta e três mil pedaços jogados no saco de lixo da rua rego freitas.
Débora ficou melancólica tirou a calcinha e deu pra um amigo cult e sensível que só queria comê-la, não tiveram nenhuma sintonia se não a institiva selvageria do sexo. ela sua sua lucidez, clara como um mandacaru na seca.
Ultimamente se se interessa pelas excessões porque explicam e repudiam a regra com uma violência factual, irrevogável e intransferível. Débora vai descansar na U.T.I. dentro de mim, há de haver diazepam e prozac ou um chá de canela com torradas, pode morrer em paz que sua vida foi agitada.
Quem será a outra em mim, que não me falte sangue, sangue, sangue, sangue, lágrimas e muito suor, porque não é confortável parir conceitos o tempo todo, nunca há ponto, há sempre uma continuidade, é sempre o sempre que mata porque não permite a cura. A moça poderia viver se essa outra que nasce não a oprimisse com perguntas fundas e verticais de questões sérias e bobas como todas as coisas.
Débora morre e o seu caixão não cabe no espaço do meu peito e por isso ando pesada ultimamente.
O mundo mundo está tão longe de mim que parece mentira. Não ouço mais nada: As buzinas, os alarmes, as vozes, os gemidos dos meus vizinhos à meia noite, os rapazes, as moças falando. todas as bocas não me dizem, não ouço ninguém.
Será que ainda vejo com precisão? começo a compreender que talvez os rostos estejam distorcidos como "o grito grito" ( van Gogh).
Eu não sinto medo, isso me perturba, não sentir medo. Porque essa distancia parece confortável. Há cura pra esse "mal", será um mal?. Eu quero fazer terapia, tô com medo de mim, de "mins", delas...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Eu morro de amor...


Que coisa mais brega pra se começar um texto . Eu quero mesmo é dizer que amor mata.
Hoje acordei com uma dor no peito que parece amor. Sabe batata quente, que dorme dentro das cinzas de uma fogueira de São João e pela manhã tá quente e mole. Mas dói pra caralho. Ah meu Deus tem cura essa batata quente e mole?, meu coração é uma batata quente e mole.
Eu pretendo amar uma pessoa por fim de semana. Talvez isso me salve da dor . Porque diabos eu pulei? eu sabia melhor e mais intimamente que qualquer pessoa que não tinha "porra nenhuma" lá embaixo, mas fui me achando mais passional que a Frida kahlo e agora não há tela que me salve dessa ressaca de você, do cheiro de coisa verde. Você é tão bobo, idiota e atrapalhado que me sinto estúpida em sentir sua falta...
É essa minha idéia zenhippiepósporranenhuma de sentir a vida, a tartaruga ,as cebolas e as batatas fritas que me deixam assim tonta de saudade da semana passada porque eu memorizo inutilidades como seus traços no meu tato, seu aroma e seu som de sono eterno que me irritava no meu ritmo sem fôlego e sem atropelo,...
Ah merda da lan house vai fechar e eu parar de escrever .q merda.