segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Sacra liberdade

As ruas sujas de gente. Tomei quatro drinques vermelhos, três cervejas e uma menina sem rosto. Sambei, ofereci meu corpo para brindar o luar. Meus olhos imprecisos engoliram a sua boca num outro rosto. Acordei num quarto distante com o corpo cheio de preguiça e a cabeça sem memória. O sol dói no meu olhar, meu cigarro acabou, eu acordei antes de dormir junto.
Dormi no ônibus, eu ainda não amo, parece que assim meus sentidos estão espertos. Nunca senti tanto gosto de chuva nos goles dessa cidade , volto a comer minha sacra liberdade! Brindemos “desenlacemos as mãos”.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Feijão com arroz e big mac feliz

Quero que respeite a minha preguiça, ela é sagrada, eu não tenho tempo pra arrumar meu cabelo porque quando tenho tempo abro uma página de um livro “inútil’: poesia, filosofia. Não tente medir sua força dando socos em mim, tenho consciência do relógio, me apresso em seu gosto, só para essa função tenho calma “budística” . Não me fale de dinheiro, carro, carta e apartamento. É primavera e você pensando no que fará daqui a dez anos, me dê seu olhar, talvez nosso amor acabe semana que vem. Ele passa, você é burra?!

Olha que dia cinza, vamos escutar cazuza, beber uma pinga de Minas e nos despir?! Quanto tempo somando objetos, se eu não tenho pressa é porque ainda tenho você, nada de aliança, fidelidade, papéis.Quero dividir esse olhar. Os discursos da t.v são bobagens. Me abraça para eu não explodir. O mundo não precisa da gente, eu preciso, deixa eu te dá meu corpo? É só por hoje, amanhã morreremos com feijão, arroz e big Mac feliz.




Cansada!!!!!!!!!!!!!1

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Café frio

Eu vi um casal perto do fim...

Um olhar de sangue, um motor no peito, quase explodindo.

O outro olhar caiu numa tela do Salvador Dali.

O café esfriou, sobre a mesa restaram apenas os fios do seu cabelo...

Na casa habitam fantasmas.

É sobretudo a condicionalidade e a finitude de um vínculo que o torna "vínculo", o caráter precário e insustentável, isso e nada além disso fez com que durante alguns dias existisse a pungência do gosto, do gasto, do atrito e do conflito de um corpo junto ao outro...Mas o casal já não é, e, certamente, o café esfriou.



10/11/11.Num café qualquer, vendo!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Soberania subjetiva

Puro gozo, desejo latente de abandonar o meio, o maio.

Maio me dividiu ao meio,unhas adereços.

Maria comprou passagens e abandonou nosso amor.

Eu moro no bar bebendo o gozo egoísta de não ser fusão.Pedaço de carne saltitante cheio de éter e nunca mais soube se você existiu. Estou embriagada , assim é bom.Quase feliz, quase louca. O mundo está em guerra. Eu não quero lutar. quero brincar de ontem. Desaprendi a brincar de futuro. Pensar é sobretudo uma tentativa absurda de esquecer.

Maria, não me deixe sem seu café fraco, sem seu humor frágil.Posso viver, Maria. E sem você dói.

sábado, 8 de outubro de 2011

Inspirações Clariceanas!



Entre o homem e a comida: o abismo, enquanto um homem cisma a comida espera, a cerveja esquenta, a lágrima brilha e a voz engasga.


A vida não cabe no papel, o homem já não cabe na vida, não cabe à vida.

Não essa: finita, palpável e podre!

Gasta-se sapatos, lápis,lágrima e suor, fertiizando a terra, num incorrigível

círculo inteligível.

Passemos,pasemos,passemos,passemos..

domingo, 2 de outubro de 2011

Ternura.



Eu te peço perdão por te amar de repenteEmbora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidosDas horas que passei à sombra dos teus gestosBebendo em tua boca o perfume dos sorrisosDas noites que vivi acalentadoPela graça indizível dos teus passos eternamente fugindoTrago a doçura dos que aceitam melancolicamente.E posso te dizer que o grande afeto que te deixoNão traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessasNem as misteriosas palavras dos véus da alma...É um sossego, uma unção, um transbordamento de caríciasE só te pede que te repouses quieta, muito quietaE deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar

[ extático da aurora.


Texto extraído da antologia "Vinicius de Moraes - Poesia completa e prosa", Editora Nova Aguilar - Rio de Janeiro, 1998, pág. 259.


Quem se importa?!


Ela sempre mentiu para seus amigos dizendo de como era suja, se dizia uma puta porque ser mulher a enfraquecia, mergulhou entre seus desejos mais escatológicos e traiu tudo que era bonito dentro dela, ela nunca soube como dizer do afeto anônimo que alimentava todas as semanas, ninguém sabia o quanto ela já chorou dentro do banheiro , na esquina da rua agitada, ninguém nunca entendeu porque a vida a assustava tanto. Nunca soube dizer de onde veio aquele desamor mentiroso que ela criou entre uma crise e outra, ninguém sabia quando ela mentiu e disse que amava só pra não morrer porque a vida é muito pesada. Ela sabia o quanto o mundo pesava, e comparava o peso semana sim, semana não. Diziam: doida. A moça era triste, mas ninguém levou a sério e antes de saírem com seu corpo branco e virgem, disseram: _Parecia tão feliz hoje! /Ela estava mesmo, pois sabia que precipitaria a angústia.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Último invento

Inventei uma ilusão para me salvar do duro isolamento que me cerca, todos exaustos pelos estímulos.

A minha ilusão gosta de bossa-nova e também de blues. Quase nunca dialogamos. A conversa nos deixa cansados, durante horas brincamos, inventamos nomes possíveis. No último encontro eu era um espião argentino casado com um árabe terrorista e ela vivia com um banqueiro depressivo e velho.

Adoramos ler poesia juntos.Descobrimos o Bandeira, embaixo de minha cama, nomeamos nossa casa: Parságada. Eu não sei o nome dela, mas se soubesse ainda seria ilusão: Maria Ilusão, Ana Ilusão, Margarete Ilusão, Débora Ilusão.

Os olhos de Ilusão são incríveis quando entram nos meus, eu esqueço das minhas máscaras, acredito só nas dela. Ela tem um colar amarelo, de sementes de açaí e quando chove ela faz brigadeiro e ler contos para nós dois.

Eu fiz um poema para ela que diz: " Não fosse você eu seria fumaça, não fosse você eu seria um estranho, não fosse você eu não seria".Ela me retribuiu com um olhar terno, um abraço eterno e o corpo lânguido.

Palavras são pequenos gracejos, são raras da gente usar. Falamos a linguagem epidérmica, a única possível de acerto, de harmonia.

Enquanto ouço o barulho do chuveiro já adivinho o sabor dos seus poros. Ela é perfeita porque assim a inventei. Quase nenhum pensamento, totalidade sensível, sinestésica . O seu único problema sou eu que vivo recriando-a sem nome, sem identidade e sem consciência de mim.

Eu a amei, a trai, me perdi nos braços alheios, ela nada sabe. É minha criatura, vive só em Parságada, come apenas brigadeiro, bebe apenas poesia e só ama a mim. Assim a criei.

Eu sou egoísta, excêntrico e alheio, por isso criei Ilusão, alguém que me quer bem, o mundo quer gente pronta, sentimento-miojo. Eu estou crú, estou nú e sinto vergonha do meu sexo nesse mundo tão plástico, vestido elegantemente. Sou crú e tenho medo, talvez minha Ilusão me salve ou me mate, certamente seu potencial é ambiguo.

sábado, 10 de setembro de 2011

Um pouco do meu caos






Quanto vale o quilo do afeto? Ninguém pegou o Kaddaf....Os ditadores serão aniquilados.



Talvez anunciam o preço de uma lágrima, o espaço de uma fome, a solidão de um amor ou o fim da guerra. Os ponteiros quebrados da minha memória estão parados no momento da sua chegada. Toda palavra é um brinco, uma pulseira, um vestido florido enfeitando tua presença num piquenique com cheiro de grama molhada. A lágrima pesará tanto quanto o primeiro sorriso da manhã e o calor do seu abraço meio sem jeito depois de uma briga.



" Faríamos diamantes de pedaços de vidro" eu teria um filho seu, ele teria seus olhos e meu olhar e talvez vivesse pouco mais de uma tarde; nos nossos sonhos, telas de Salvador Dalí derretidas em meio à verdade que você nunca suportou.



No ponto de ônibus, de partida , de bala, de interrogação, um assalto à sua intimidade. Pegue suas armas, facas entre os dentes, língua salivando raiva e por humanizar Deus criamos o pecado.



O fim sempre esteve no primeiro beijo, o laço , a fita, a pena pela lucidez, o dia , o girassol sempre sabe, por consequência, por humanidade nos inquietamos dos laços.



A arte é minha amante preferida porque não nega sua máscara, orgulha-se de ser uma mentira ,também e por isso viver excentricamente é uma forma de salvar-se da alienação e é portanto alienar-se com personalidade , é claro, poder escolher uma máscara antes que esta nos escolha.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Insones, assim foram minhas noites antes dessa certeza inacabada que é o teu sexo sem promessas e antes da carne sintonizar o riso já era certo, o amor já era um caminho reto feito de desvios sinuosos, tudo à sua meneira mais fria, e se o cheiro de fumaça me deixasse talvez sacasse um cheiro de madeira exalando de tua calça enquanto me precipitava com as mãos nas suas costas. Os pés já não tocavam o chão quando o amor se fez carne. Santos, livros e patuás caindo da sua mesinha de cabeceira tão própria ao cheiro de incenso. Quebrei uma xícara enquanto sentava, a música eletrônica desconcertava o mosaico religioso e místico, eu pensei que sua orquídea tivesse olhos tão vibrante era sua matéria.


Eu corri, eu olhei as ruas e peguei o caminho que me pareceu mais seguro, meus olhos não tinham as lágrimas que só descem no chuveiro. Eu voltei novamente pra minha caverna platônica, porque só as sombras me fazem alegre, as brincadeiras sensoriais são só sedativos na minha chaga, chama eterna de inútil fazer. Fiz miojo e dormi.

sábado, 3 de setembro de 2011

Sobre ser só

Quando beijamos, transamos, chupamos e mordemos alguém com cumplidade e tesão cheios de eternidaede, isso ,de fato, nos faz fatalmente fiéis?, eu não acredito em fidelidade, e isso não quer dizer que eu não acredite em amor..pra mim o amor é a única coisa que nos justifica. No entanto amor não precisa de rótulo, quando eu acreditei no amor, meus rótulos se desmancharam e eu achei lindo porque eu nunca acreditei em sensatez e linearidade, e finalmente alguém me despia das roupas que eu nunca havia escolhido. Hoje eu tenho muito amor sem nome, uma gratuidade de sentimentos urgentes esperando parada nesse mundo besta e fingido. Eu tomo minhas possibilidades em todos os botecos sujos e cafés cults da cidade-tudo. Vi um filme tão bonito "A viagem de Lúcia", um senhor ao meu lado falou do livro que eu carregava, mas o filme começou e eu me encantei de ver como: Os corpos se entendem sem a gente, afeto e contrato não andam juntos ( na verdade,mal se conhecem), na maioria das vezes o que precisamos é de olhos nos olhos e simultaneamente corpos em sintonia, claro,.Que merda isso está parecendo livro de auto-ajuda, me disseram que a única auto-ajuda possível é: técnica masturbatória. Mas eu acredito no poder de catarse de toda a arte e do poder de eternidade de todo amor, só amor, sem pudor, crises, frescuras, falas, casas e CONTRATO........O amor ainda pode subverter... ainda acredito, porque meu amor vive, na minha língua , no meu lhar, no meu gosto e essencialmente em minhas intenções.

domingo, 31 de julho de 2011

Copos


Brincando com um copo cheio de sonhos, sementes de afeto sem útero gestor. Abortando em todas as noites de sábado das esquinas sujas de uma metrópole arrogante em suas pungências. Depois do décimo oitavo copo um primeiro corpo de amor forjado, pressionando o meu. Me dizendo da incompatibilidade de sangue, sal e santos.
Quando a vida vira uma montanha-russa, quando sou só apreensão e medo diante da força, quando sou contemplativa na fragilidade de sexo, nas enumerações das saudades, na intimidade morna do teu sereno, dos teus palavrões e doçuras, entre os rasgos de coração.
Comprei chicletes , cuspi em você, você bateu me bateu e eu acreditei no nosso fim. A cama estava limpa, nós, sujos

quarta-feira, 20 de julho de 2011

“Até um canário precisa de afeto”



Estou com uma pressa que você chegue. É que eu sinto falta do seu jeito de pedir desculpas e ainda tem gengibre na geladeira e só você sabe usar gengibre na cozinha. Eu também não escuto ninguém reclamar da minha insônia e dos meus livros jogados pela casa. Me disseram que você talvez não exista e por isso o meu amor é incondicional.
Quando você estiver triste e preferir dormir no sofá ou então sair antes do meu café eu não vou achar egoísmo as estranhezas que tanto me encantaram. Mexer no seu cabelo enquanto você dorme é tão bom quanto ficar horas beijando você.Se você existisse eu acreditaria em amor, nas religiões e até acharia a vida possível. Talvez você se irritasse com minha coleção de bolachas de chope e gostasse de decorar a casa com cores escuras ou até me convencesse a ler Best-seller e seria bom ter seus esmaltes discretos junto com minhas cores arco-íris.
Poderíamos assistir à chuva nos domingos cinzentos da cidade e eu poderia dizer o quanto eu acho Clarice a mulher mais linda do mundo e de como é estranho sonhar diariamente pulando num abismo escuro e talvez você quisesse segurar minha mão enquanto eu dormisse, mas não entenderia minha sensata recusa a esse remédio.
Enquanto você não existe eu me deito com ilusões passageiras e igualmente lindas, porque “a vida é urgente” tanto quanto minha solidão.Meu teto e meu chão por vezes me abandonam quando penso na sua possibilidade de corpo, boca, íngua, calor e olhar.Você existe tanto na minha imaginação que talvez meus amantes te enxerguem, meus amigos te amem. O mundo vai colocar os corpos em harmonia e eu vou trair você com muita liberdade.
A importância de alguém é uma construção egoísta, inútil e linda. É libido transcendente.
Eu uso você para justificar o sol, os feirantes, a falta de água , a crise mundial e até a guerra dos sexos. Se você existisse eu te daria tanto trabalho que talvez você gostasse de mim e perdoaria o amor que inventei ser seu; Todavia nem você nem eu existimos. Somos palavras tortas.

sábado, 2 de julho de 2011

"A objeção, o desvio, a desconfiança alegre, a vontade de brincar são sinais de saúde. Tudo que é absoluto pertence à patologia"" (Friedrich Nietzsche)


E eu sigo acreditando que minhas dúvidas são saudáveis. "O mundo anda tão complicado", quis amarrar o cadarço do seu all star vermelho e velhinho, mas você parecia ter pressa, não tomamos café junto, acho que meu café tá fraco, frio. Eu acho que é esse pó, será que se eu trocar a gente pode ficar mais tempo na cama? Os comerciais de t.v. dizem que com perfumes e banda larga seremos todos felizes. Eu queria ter amor pra te dá, tanto quanto eu amo a cidade suja e cinza , a água e o céu. Quando você me disse que iria embora para sempre eu fiquei tão triste que esqueci de me alegrar da novidade que eu sempre quis, eu não sabia o quanto não te amava, e isso não tem nada a ver com o seu gosto por filmes clichês americanos, ou pela música ruim que você ouvia. Eu sofri porque eu era egoísta. O amor de uma ave por uma árvore nunca daria certo, não sabíamos de quem eram as máscaras que escorreram nos nossos rostos molhados e vermelhos, foi tudo tão lindo e delicado até nosso fim, nosso amor era um enredo Clariceano com trilha sonora do Marcelo Camelo, mas o fim cazuzeou qualquer tentativa de arte. Virou romance realista cheio de cinismo e mentira. Talvez por força de futuro presente que é tão Horizontal e contemplável. O cheiro de café invadiu a sala de novo e quase saí correndo, a repetição dos gestos foi criando uma teia de afeto e tesão de olhos, e corpo morno e macio.
Era seu sal no meu lábio o que ardia todos os meus sábados, e no domingo eu vi 4 milhões de pessoas ansiando amor com o corpo em inclinações dionísicas e humanas porque quem santificou o homem? O homem também é um pedaço de carne e bem irracional, por vezes. Quem mandou saber-se? sabe-se quem?. Uma chuva me acalmou quando seu corpo saiu do meu hoje pela manhã, você voltou pra rotina de ônibus e fiquei lembrando do seu céu dia iinteiro.
Antes do verbo, antes do verbo, antes do verbo mate minha sede, será que um dia eu posso engolir você?

sábado, 25 de junho de 2011

Poema só para Jaime Ovalle


Quando hoje acordei, ainda fazia escuro

(Embora a manhã já estivesse avançada).

Chovia.

Chovia uma triste chuva de resignação

Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite.

Então me levantei,

Bebi o café que eu mesmo preparei,

Depois me deitei novamente, acendi um cigarro e fiquei

[pensando...-

Humildemente pensando na vida e nas mulheres que amei.


Manuel Bandeira

quinta-feira, 23 de junho de 2011

paralelamente vendo!

As relações são tão frágeis e lindas. Empurramos palavras demais e entupimos de conceitos descartáveis no nosso café com leite e pão com manteiga, queremos terapias para entender a natureza, é tão humano sentir medo quando a gente enxerga o sol. Será que é medo de finitude? não contemplamos o bastante, o sol deve ser mesmo eterno, o amor é eterno, essas coisas lindas e inexplicáveis não podem durar menos que a eternidade, claro que não! confirmem, por favor, que não. Queria que todo pão tivesse menos suor e mais alegria. Não sinto meu amor quando meu corpo só responde a instinto, porque que eu penso que o afeto que se tem pode salvar o mundo da cocaína, do imposto, do imposto,do imposto, do impooooooooooosto. Pode matar nossa selvageria besta de civilização, pode destruir esse rato da moral, odeio moralismos pungentes, queria as coisas macias, livres do poder e querendo só afeto, ai, sou tão neohippiepóspresente. É muito vergonhoso querer botar meu afeto e minha força nesse espaço que é de nada e de tudo? emaranhado de idéias que nascem e morrem toda hora.Adoro ouvir dezesseis da Legião. E os pedaços do opala azul de Johny pelo chão. Minhas mãos estão num vão incalculável. As pessoas que se aproximam ultimamente, não tem braços, mãos, não sinto, não calculo ou memorizo peso, pele, cheiro.Será uma existência paralela? Mas o mundo é tão linnndo.Chega a doer tanta beleza, na cidade que me hospedo a fumaça trabalha duro para desviar o olhar, o olho é preciso, preciso acreditar no céu pra ter o pé na terra sem medo de afundar em meio aos gritos e dores da carne, da consciência, a consciência é um rato comendo nossa língua, nossa palavra. Tô com medo, meu afeto tá virando pedra em meus nervos, quero virar líquido e amor e banhar de lágrimas e suor meu amor em outro corpo projetado como nuvem linda e pesada. quero ser a chuva, quero ser a chuva, quero ser a chuva, quero ser a chuva, vou pro Ibira com o Pessoa e o bandeira. Vou-me embora. Tenho que me salvar de mim, muito densa, quero vê os casais, vê o amor desfilar, ainda que nos outros.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Sobre a parada gay. E o poder de afirmação o que se diz?


A democracia da diversidade. Quem disse que há? piada, das boas. O pensamento crescente de liberdade sexual esbarra na barbárie dos carecas, " Mas as pessoas na sala de jantar tão preocupadas em nascer e morrer". E todo mundo mudo ou muda-se de assunto pra comer melhor com arroz e feijão.Essa mulitidão toda que vai às ruas é pra quê afinal? orgias da carne? expôr sua ferida que a família arranha sempre que pergunta_Você pensa em filhos?. E os namoros?. Um pensamento do século passado me fez pensar melhor sobre se é necéssario afirmar-se .

Michel Focaut escreveu A História da sexualidade um ponto de vista interessantíssimo para dizer da sexualidade. Diz sobre desmestificar o sexo, dissolver a ideia de que o sexo é a grande descoberta "realizar-se como mulher"? "realizar-se como Homem"?. Para ele numa sociedade realmente democrática não é preciso dar notícia do seu sexo pra ninguém "se eu preciso me reafirmar em algum lugar eu já me tornei vítima". Para ele a única subversão boa em relação ao sexo é viver o sexo com prazer sem precisar desenhar isso pra ninguém.

Eu me apaixono por esses pensamentos que vão irrigando minha maneira de pensar chacolhando meus conceitos e o colo da filosofia é sempre o que me é mais macio.

Porque as coisas novas estão me aguardando em livros que ainda não abri. Colocar-se no ponto de vista do outro pra dizer de um velho tema.

A liberdade se perdeu nas redes dos exibicionismos latentes , embora o que se tenha de mais bonito esteja numa gaveta que só a gente sabe.

Ando lendo poesia e flosofia, estou, na verdade, tentando me salvar. Percorri pensamentos budistas sobre verdades ancestrais, Entre o nirvana e o sansara querendo a paz que também nós, ocidentais ignorantes , queremos absorver dia qualquer, depois da quarta-feira de cinzas.

Quando o amor é unidade a gente sente uma calma transbordar do peito, não sei se resignação diante da condição humana de sede ou se amor vindo mesmo de dentro. O fato é que conhecer uma ideia sempre me alegra e me acalma como proporcionalmente me entristece conhecer gente sem ideias nem curiosidades.

Comecei o texto dizendo de sexualidade e agora esbarro nessa amplidão fragmentad que vou traçando sem definir nada com a fluidez de quem nada sabe. Quero estudar blocos de ideias pra olhar melhor sobre minhas verdades efêmeras e frágeis e só a escrita me tira do desmaio que é a rotina de ônibus e gestos mecânicos que o meio social nos impõe a encenar.

Quero dançar com meus prazeres simples e lindos como um espreguiçar-se depois de nadar.

A vida pode ser linda, lida e escrita.

sábado, 4 de junho de 2011

"Pegue sua solidão e tire pra dançar..."(Marcelo Camelo)





Tenho feito o que a frase sugere, ando mais calma ultimamente, Talvez sejam minhas reflexões acerca do último livro que li, Sidarta ( Hermann Hesse), os ares do pensamento budista sempre me fazem olhar com placidez, mesmo em tempos de confusão , mar revolto, dor no peito e saudade.

Meu olhar tem se demorado muito nas pessoas idosas, descobri que não tenho medo nenhum da velhice, eu que amo essa rebeldia adolescente diante da hipocresia de valores que temos como moralidades pobres e podres. O inverno tá chegando, hoje encontrei um caminhão com morangos bonitos, vermelhos, nada como as coisas colhidas na sua safra, a naturalidade dos eventos trazem um frescor bonito para as frutas, para as frutas? Eu tenho tanta pressa às vezes, essa minha intensidade nas relações, me faz morrer precocemete em meus anseios.

Falar de velhice parece assustar nossa vontade de eterna juventude e vigor. Quero profunda, profunda a mente num estado bonito de procura de interesses densos e pesados com desejo de vida como a movimentação que gira em torna da mísera existência e porque esses motores de ônibus que ouço tão cedo nos levando me machucam tanto? há humanismo no meio de tanta máquina, cadê a gente? Engolidos no luxo, no gargalo de gente batendo ponto, batendo uma, agredindo a gente que ainda há nesse nosso mecanismo sem fio e sem fim.

Deus que me ouça e saiba do medo que tenho de perder essse freio que encontro nas reflexões acerca de existir, existir como sinônimo de Carpe Diem, colher o que o dia me oferece sem medir seu peso eu fazê-lo palavra -pão, apenas palavra seja, comendo minha raiva e me fazendo calma e cúmplice de um rosto feliz e disposto.


"Sei que dois e dois são quatro

Sei que a vida vale a pena

Mesmo que o pão seja caro

E a liberdade pequena" F.Gullar


E se antes de ver pudéssemos sentir, gozaríamos mais em todo o sentido limpo, erótico e conceitual da palavra. Eu sonho diariamente que o meu corpo possa transformar em carinho o amor bonito e limpo que carrego, acabou de nascer a novidade nos olhos de quem tem amor como afeto extenso nos membros e movimetos. O inverno chega mais quente e calmo que antes, antes é tudo que nunca exstiu e por isso o tempo é uma grande ideia absurda,não há tempo. Saibamos nós, amém.















quinta-feira, 2 de junho de 2011

Abaixo segue minha primeira produçao dissertativa para a sala de aula,um modelo dissertativa para que meus alunos aprendam e apreendam a estrutura de uma dissertação subjetiva, rs rs soou sério.



Sobre embriagar-se


A arte. Há quem diga que a arte é um conjunto de regras para dizer ou fazer com acerto alguma coisa. Para o professor Keating (personagem vivido por Robin Williams no filme “A sociedade dos poetas mortos”) a literatura, a poesia são mais que códigos, sintaxe e semântica.
O professor Keating comunga com Charles Baudelaire quando diz da necessidade do lúdico na vida. “Lemos e escrevemos poesia porque somos humanos”diz uma de suas falas. Para Baudelaire “ É preciso estar sempre embriagado(...)De vinho,de poesia ou de virtude”.
A arte é mais que estética, equilíbrio e forma. A arte tem função elucidante dentro da vida. Penso em todos os momentos que uma poesia salvou-me do tédio de um domingo chuvoso ou de como certas músicas embalam minhas lembranças. As inquietações Machadianas, a possibilidade de conhecer novos modos de enxergar o mesmo problema.
Quantos lugares pode-se conhecer através de páginas? Inumeráveis possibilidades de descoberta e amadurecimento de idéias. O lúdico abre a porta para que nossos medos desfilem, na imaginação tudo é permitido e permissível.
Quantas obras inquietaram ,chocaram e até escandalizaram modos de ser e de pensar de outros tempos? O mito , a religião, o sagrado, o erótico, o realismo, o fantástico,todos esses, formas de narrar a vida sobre determinados prismas, afinal “ cada ponto de vista é a vista de determinado ponto”, escolha um e observe, isso não significa mudar de opinião a cada novo livro , a cada novo filme. Essa nova visão diante de novos conceitos é que amadurece nossas escolhas, além do aspecto lúdico a arte desperta nossas faculdades cognitivas.
Para dias de sol, poesia, em dias frios, contos. Minha religião é a arte não só como uma redenção para um dia difícil, mas como catarse de dúvidas e medos possíveis.
A arte cumpre função elucidante, porque “A gente não quer só comida, a gente quer bebida, diversão e arte”
A palavra supera a função comunicativa quando consegue criar reflexões diante do mundo e questionar a vivência e os porquês da condição humana.











Adilma S. Alencar. 30/05/11.Língua Portuguesa

terça-feira, 31 de maio de 2011

Soa Antropofágico


Você deveria está dentro de mim porque eu pintei minhas unhas pra você..
Pra você eu deixei uma essência de jasmim no quarto e por você hoje eu não dei pro José...
Tanta libido pra nenhum carinho. Eu apaguei a luz e te esperei sem roupa e pudor e quase acreditei que você era Hércules e comprei camisinhas ...
Era só sexo. Seu burro, não quero casar com você, as flores são pele-aroma, experiências sensoriais não compromissos e amor, que merda de homem você é?
Eu odeio esperar, tive três horas de tensão que poderia ser tesão não fosse você tão covarde a ponto de não vir, ontem...
Ah, eu cansei meu bem. Vou devolver suas mentiras em doses proporcionais à sua mesquinhez. Ah quanta bobagem essas crises existenciais que você tem. Pensar, pensar. Isso é doença sabia? .inteligentes são as sociedades poligâmicas e saudáveis que não têm ciúmes nem pudor.
De quando herdamos essa utopia egoísta e impossível ?. Me perdoem a resignação precoce de ex-cristã que mandou Freud se foder.
Meus presentes infantis foram bonecas e panelas de plástico, me criaram pra parir e cozinhar. Não me explicaram sexo, descobri tudo mal, adorei essa confusão e fiz dela minhas sinceras desculpas para continuar experimentando pessoas, soa antropofágico, mas é meio melancólica essa decadente busca egoísta de me descobrir no outro porque me diz de um muro impenetrável de universos em guerra eterna tentando paz.
E porque “o que excita a alma é justamente ser traída pelo corpo”a gente segue se debatendo nas grades de um comportamento clichê. Os homens virando marionetes das pesquisas e as mulheres prostituindo sua alma na busca vã de serem indiferentes ao sexo, de sobreviverem sem apego a rotina de pele e calor de um homem, impossibilidade do gênero? Não. Há mulheres mais frias que qualquer marmanjo. Digo da mulher genericamente mulher, na qual a sensibilidade é a essência, essa é uma das coisas mais lindas do mundo, mas não sei onde cabe nesse mundo tanta beleza.
Não há democracia quando se ama, somos ditadores. Temos a publicidade dos versos pra entreter o outro e a rotina do corpo pra cansá-lo nos braços mornos de uma noite com muito sexo.

Eu não sei nada. ”Se tivessem ficado mais tempo juntos seus vocabulários teriam se aproximado pudica e lentamente, como amantes muito tímidos”. Leia A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER. (Milan Kundera) ele diz muito da guerra das nossas relações!!!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Ontem me apaixonei pelo
Marcelo Camelo,Cantando assim, _vai sobrar carinho se faltar estrada...,a arte me vendendo fumaça,rsrs

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Há: Caminho seguro



Noventa e sete motivos pra morrer
Sete vontades de viver em círculos e fazer amor na lua.
Têm-se jujubas e algodões enquanto a vaca vai pro brejo e o brejo é todo o mundo.
Haveríamos não fosse sua gravata e sua rotina estúpida de homem
Trinta e três dias sem teus lábios e duas traições sem seus afagos...e eu morro...
De prazer nos braços alheios...Porque antes de minha alma acender pro seus olhos meu corpo já era e continua quente e atento pros movimentos mudos dos corpos em volta envoltos em libido e possibilidades, mas é tudo bobagem “né amor”?
Porque o que vale, o que vale, o que vale, o que vale talvez um dia
Você me ensine, por enquanto errante feliz e burra entre letras e lábios.
Deleites de sorvete entre meu calor, quarenta graus é fogo,
Só você não arde, mas eu sei o que te queima.
A rotina ta pesada, quanto será que eu ainda agüento sem
Seu suor ?
Dois rapazes morreram de amor em seus casamentos infelizes
Amantes não tem futuro...Morreram; foi presente o natal de 2008, bêbados e pelados não nadaram quando a onda forte chegou e os levou com força e violência,
Se você fosse mar amor, à noite nadaria sem roupa nas suas águas
Fundas, infindas no meu eterno desejo
A lua quis me beijar, jogou a luz , vi minha sombra,
Meu andar triste, eu estava com mil alegrias no bolso, cem sonhos no peito
Nunca soube o que fazer com minhas alegrias, me oprimindo assim,
Eu tão menor, melhor , tudo que me conquistou nunca coube no meu peito,
Transbordou em letra ...lágrima..
Minha dor parece um viaduto feio cicatrizando a cidade enquanto
Tudo passa e ninguém se percebe, ainda vivem, ainda pensam,
Ainda nunca sonharam em morrer com olhos líquidos e corpos
mornos de amor ou lascívia. Fazendo saber-se enquanto corpo,
Colo, nuca, orelha e língua e tudo é vertigem, quase esqueci quem era
Quem estava quando eu era vertigem, ritmo e harmonia, música atonal.
Musgo, poeira, limo. Parte de um todo estúpido que não se cansa de zombar da gente, de gente: Poeira, pó e pasto, e boca , beco. E amor é só um doce pra esquecer;
E sexo é morfina repentina pra nossa consciência doentia de rotina...
Porque o que se tem é sempre pouco perto do muito que se pede.
Ontem morreram três amores possíveis , tudo por falta de vontade, eterna letargia de quem perdeu a fé, a força e quase morre de tristeza por ter nascido no tempo errado porque um gozo é uma dor -solidão se esta-se sóbrio e sabe-se sozinho, alguém por ventura ou por tortura infelizmente entende o que quero dizer? do gozo solitário de saber-se só?
É foda, há foda ,e daí? Sexo é tão importante quanto uma viagem à índia. Só sabe disso quem tem espírito e quem já se sentiu envolvido pela eternidade, e isso não tem nada em comum com essa “coisa” de amor, tal qual conhecida, é outra coisa.Coisa que alguém desperta em você, mas que esse outro é só uma seta , o caminho de estrelas ta com a gente, é a gente que morre, pré-nasce melhor. É virar Deus, e fazer milagre, o milagre de ficar feliz

domingo, 15 de maio de 2011

Uma página em branco é um corpo novo pro meu gozo instintivo de expressão. Planos e panelas da cozinha à cama tentando comer um velho conceito de Deus , de paz de imoralidades necessárias pra xingar e maldizer meus desafetos, quis tanto calor que queimei meus amores, eu faço fogueira de tudo que amo. Coloco na cruz, vejo sangrar.
Choro, chorei compulsivamente minha dor até meu chope ficar salgado e o garçom perder a linha e rir de mim, enquanto eu me esquecia e só lembrava de você , naquele boteco sujo.
Uma toalha, um chinelo grande demais pro meu pé, e uma dor grande demais pra nossa erro, minha casa, meu quartinho. Castelo só por não ser de ninguém além de nossos desejos de puro libido. Eu pensava que era amor o meu despertar primeiro pra novos gostos mornos , quentes e calmos. Faltou pudor, experiência e juízo nunca tive, terei.
Ser só, muitas vezes implica ser de todo mundo e eu não sei o que é melhor.
Posso me descobrir em muitas camas, e isso pode me esconder de muita gente que eu enterrei antes de queimar. Não era amor, amor é a eternidade, e isso ninguém conhece, uma mosca morre num vôo suicida de encontro ao meu copo de campari, eu bebo cerveja e mato minhas moscas embebidas em qualquer coisa que não seja refrigerante.
Faltou linha e costureira, o vestido rasgado não teve jeito e a moça não foi ao seu primeiro único encontro antes de seu avião se despedaçar sobre o mar carioca , mas “ é melhor ser alegre que ser triste’ e antes de seu enterro, Leonardo, seu futuro nunca namorado foi “ mexer bunda lêlê” no morro, que vive em todo carioca, que vive em tudo cariocamente bendito.
O fruto que nunca nasceu, porque semente também morre antes de matar de esperança, e foi assim que Maria pensou enquanto bebia o veneno, antes rezou pra santa preferida de suas tantas. E José desceu pela privada do banheiro da Universidade de São Paulo. Menos um amor numa vida sem paixão.
Quando penso em você desejo não tê-la conhecido, porque você foi coisa que eu criei, você na realidade é uma casa vazia e feia. Eu inventei cicatrizes no meio da sua cara pra que você tivesse uma história pra dizer, criei também seu gosto por quinquilharias da segunda guerra mundial pra assim te fazer culta e curiosa sem ser clichê. Também seus sapatos únicos e vermelhos fui eu quem desenhei e criei. As fotos com raio de sol, grama e “Ana Maria”, coisa minha. As mensagens sensuais às 03:30h, adivinhando meus desejos sexuais impronunciáveis, impossível ser você. Se você soubesse o quanto não te amei, não teria nem ficado com aquela carinha de puta arrependida quando me abandonou pra voltar pra bosta de vida que tinha antes que eu te inventasse, mas é isso meu bem ser fútil é ser aceita .
Quebrei a porta do meu armário porque minha cabeça é dura e o vidro não suportou, minha cabeça dura ganhou corte raso como meu pensamento em dia de sol no sertão, tudo é tão amarelo que minha cabeça fica sem tinta pra colori minhas ações, minha inaptidão pro amor, o amor não existe . Odeio a palavra amor, dizê-la dói em todos os meus nervos. Amor é sempre palavra mal dita, bem dita é seu oposto: liberdade

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Morreram dois infelizes casados há 7 anos no quilômetro 7 da rodovia:
Há quatro semanas seus corpos eram estranhos na mesma cama,
Dormir com alguém que não desperta nem mais tesão é uma condenação de
infelicidade eterna.
Ela tinha amor por ele , o amor é a pior das heranças que um outro pode deixar,
Que deixasse seus chinelos, raiva ,ciúme mas amor é desumano
Amor é desumano, amor eles não mereciam.
Não deixaram filhos, deixaram poucas lágrimas, o que viveram já não vivia há quase dois anos, quando ela disse de um filme, foram ao cinema viram o filme inteiro sem movimentos nos olhos ou nas mãos, condenados a uma amizade brochante.
Se vestia com vontade de sair às ruas como nunca fizera no início, ela se deitava com livros de arte que não lia, sempre sentia tesão quando lia à noite, tinha os livros à mão mas não lia, pensava na distancia que abria espaço entre os dois, estavam morrendo "pensava", e estavam, tão desumano a morte de amor quanto o próprio amor, amor não é humano, sabe o qué é humano: Física, sexo, mordida, botão de flor, prego, pia , pedaço de pão,brinco,papel e letra.
Amor é ser Deus, tentativa vã, é fato, vã, de colher estrelas como flores. Amor é tudo que a gente vai procurar sempre.
Eles quiseram, cometeram amor e estavam condenados com as cicatrizes eternas das memórias, dos vínculos, o laço era nó na garganta seca dos dois. Amor que acaba é triste como música de Chico Buarque, dói mais que injeção de Voltarem.
Ele pisava o pé no acelerador quando ela ligou o som e colocou o CD preferido dele, ela foi pulando de música em música até colocar na música dos dois, olhavam um para o outro como há um tempo não acontecia quando não viram o caminhão vindo na contramão e os jogando num abismo eterno.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

" Voce traz a coca-cola eu tomo, traz a sobremesa, EU COMO EU COMO EU COMO EU COMO EU COMO voce", Vamos todos comer Caetano junto com a Adriana Calcanhoto, amem

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Por quem ainda-nunca se fez pranto; me fez palco e prato
Abri a porta só pra olhar o atalho que nunca quis
E era quase alegria seu passo em falso e ébrio carente de caminho e me pedindo seta
Cerrados os pulsos ainda só há pulso onde só havia coração e semente, quando haverá espaços entre as partituras, os códigos de barra e toda a verdade de açúcar que não me convence, mas ainda leva meu paladar mundano e mediocre?
Cambaeando entre desejos e certezas, conflituosos e cortantes dentro do meu efêmero tédio de tarde de sol ,40 graus à sombra, assombra e eleva meus desejos pra terra que nunca andei, sem nunca ter tido um buquê de espinhos tão sujo e de verde podre como o que carrego em mãos, santifico meus vícios argumentando epicurismo de botequim ; E o que se tem é poço fundo, poça d'agua de estupidez aguda, a gula de morte rápida mata devagar e preguiçosamente se esquece que é pecado. Sacrifício é sentir dor da ferida alheia quando a construimoos com as piores palavras-facas...atendam,..entendam dor................................................"eu"