sábado, 4 de junho de 2011

"Pegue sua solidão e tire pra dançar..."(Marcelo Camelo)





Tenho feito o que a frase sugere, ando mais calma ultimamente, Talvez sejam minhas reflexões acerca do último livro que li, Sidarta ( Hermann Hesse), os ares do pensamento budista sempre me fazem olhar com placidez, mesmo em tempos de confusão , mar revolto, dor no peito e saudade.

Meu olhar tem se demorado muito nas pessoas idosas, descobri que não tenho medo nenhum da velhice, eu que amo essa rebeldia adolescente diante da hipocresia de valores que temos como moralidades pobres e podres. O inverno tá chegando, hoje encontrei um caminhão com morangos bonitos, vermelhos, nada como as coisas colhidas na sua safra, a naturalidade dos eventos trazem um frescor bonito para as frutas, para as frutas? Eu tenho tanta pressa às vezes, essa minha intensidade nas relações, me faz morrer precocemete em meus anseios.

Falar de velhice parece assustar nossa vontade de eterna juventude e vigor. Quero profunda, profunda a mente num estado bonito de procura de interesses densos e pesados com desejo de vida como a movimentação que gira em torna da mísera existência e porque esses motores de ônibus que ouço tão cedo nos levando me machucam tanto? há humanismo no meio de tanta máquina, cadê a gente? Engolidos no luxo, no gargalo de gente batendo ponto, batendo uma, agredindo a gente que ainda há nesse nosso mecanismo sem fio e sem fim.

Deus que me ouça e saiba do medo que tenho de perder essse freio que encontro nas reflexões acerca de existir, existir como sinônimo de Carpe Diem, colher o que o dia me oferece sem medir seu peso eu fazê-lo palavra -pão, apenas palavra seja, comendo minha raiva e me fazendo calma e cúmplice de um rosto feliz e disposto.


"Sei que dois e dois são quatro

Sei que a vida vale a pena

Mesmo que o pão seja caro

E a liberdade pequena" F.Gullar


E se antes de ver pudéssemos sentir, gozaríamos mais em todo o sentido limpo, erótico e conceitual da palavra. Eu sonho diariamente que o meu corpo possa transformar em carinho o amor bonito e limpo que carrego, acabou de nascer a novidade nos olhos de quem tem amor como afeto extenso nos membros e movimetos. O inverno chega mais quente e calmo que antes, antes é tudo que nunca exstiu e por isso o tempo é uma grande ideia absurda,não há tempo. Saibamos nós, amém.















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