sexta-feira, 10 de junho de 2011

Sobre a parada gay. E o poder de afirmação o que se diz?


A democracia da diversidade. Quem disse que há? piada, das boas. O pensamento crescente de liberdade sexual esbarra na barbárie dos carecas, " Mas as pessoas na sala de jantar tão preocupadas em nascer e morrer". E todo mundo mudo ou muda-se de assunto pra comer melhor com arroz e feijão.Essa mulitidão toda que vai às ruas é pra quê afinal? orgias da carne? expôr sua ferida que a família arranha sempre que pergunta_Você pensa em filhos?. E os namoros?. Um pensamento do século passado me fez pensar melhor sobre se é necéssario afirmar-se .

Michel Focaut escreveu A História da sexualidade um ponto de vista interessantíssimo para dizer da sexualidade. Diz sobre desmestificar o sexo, dissolver a ideia de que o sexo é a grande descoberta "realizar-se como mulher"? "realizar-se como Homem"?. Para ele numa sociedade realmente democrática não é preciso dar notícia do seu sexo pra ninguém "se eu preciso me reafirmar em algum lugar eu já me tornei vítima". Para ele a única subversão boa em relação ao sexo é viver o sexo com prazer sem precisar desenhar isso pra ninguém.

Eu me apaixono por esses pensamentos que vão irrigando minha maneira de pensar chacolhando meus conceitos e o colo da filosofia é sempre o que me é mais macio.

Porque as coisas novas estão me aguardando em livros que ainda não abri. Colocar-se no ponto de vista do outro pra dizer de um velho tema.

A liberdade se perdeu nas redes dos exibicionismos latentes , embora o que se tenha de mais bonito esteja numa gaveta que só a gente sabe.

Ando lendo poesia e flosofia, estou, na verdade, tentando me salvar. Percorri pensamentos budistas sobre verdades ancestrais, Entre o nirvana e o sansara querendo a paz que também nós, ocidentais ignorantes , queremos absorver dia qualquer, depois da quarta-feira de cinzas.

Quando o amor é unidade a gente sente uma calma transbordar do peito, não sei se resignação diante da condição humana de sede ou se amor vindo mesmo de dentro. O fato é que conhecer uma ideia sempre me alegra e me acalma como proporcionalmente me entristece conhecer gente sem ideias nem curiosidades.

Comecei o texto dizendo de sexualidade e agora esbarro nessa amplidão fragmentad que vou traçando sem definir nada com a fluidez de quem nada sabe. Quero estudar blocos de ideias pra olhar melhor sobre minhas verdades efêmeras e frágeis e só a escrita me tira do desmaio que é a rotina de ônibus e gestos mecânicos que o meio social nos impõe a encenar.

Quero dançar com meus prazeres simples e lindos como um espreguiçar-se depois de nadar.

A vida pode ser linda, lida e escrita.

Um comentário:

  1. "Linda, lida e escrita..."

    Eu aqui, apaixonando-me por suas palavras!
    Obrigada pela visita e pelo comentário! ;)

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