segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Insones, assim foram minhas noites antes dessa certeza inacabada que é o teu sexo sem promessas e antes da carne sintonizar o riso já era certo, o amor já era um caminho reto feito de desvios sinuosos, tudo à sua meneira mais fria, e se o cheiro de fumaça me deixasse talvez sacasse um cheiro de madeira exalando de tua calça enquanto me precipitava com as mãos nas suas costas. Os pés já não tocavam o chão quando o amor se fez carne. Santos, livros e patuás caindo da sua mesinha de cabeceira tão própria ao cheiro de incenso. Quebrei uma xícara enquanto sentava, a música eletrônica desconcertava o mosaico religioso e místico, eu pensei que sua orquídea tivesse olhos tão vibrante era sua matéria.


Eu corri, eu olhei as ruas e peguei o caminho que me pareceu mais seguro, meus olhos não tinham as lágrimas que só descem no chuveiro. Eu voltei novamente pra minha caverna platônica, porque só as sombras me fazem alegre, as brincadeiras sensoriais são só sedativos na minha chaga, chama eterna de inútil fazer. Fiz miojo e dormi.

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