domingo, 2 de junho de 2013

Dadaísmo de bar.

Colarinho,copo e boca.
Mesa,coxa,tesão.
De Caetano,de lado,de gole em gole.
Sorver Bob Marley e arrotar Foucault,cuspir um conto num canto do bar.
Bruta Flor que forja a rima por cima do muro do óbvio.
As cores de Almodóvar ou as saias,ou as cintas, os caminhos das mãos, os enfeites das orelhas, dos olhos, dos ombros,dos lábios.
Veste a roupa e passa por cima do filho,do marido,da minha colcha de retalhos.
No bar de sempre deitou a memória de ontem.
A toalha de mesa,os ditos ao pé do ouvido,a vida além do livro de ponta, da ponta da caneta,da pasta de dente.O pasto das gentes.